sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

OXUN, Odu Oxé N° 05:‎

Odu Oxé N° 05:‎


Este Odu foi gerado por cinco espelhos, um pano bem alvo, na beira do rio. Foi ‎concebido este Odu sem pecado original, desta concepção a primeira filha foi Oxun ‎Ajimun, a mais velha das Oxuns

Personalidade deste Odu:‎
Os filhos deste Odu representam a falsidade, são traidores, volúveis, instáveis, ‎inconstantes, choram a toa e com muita facilidade e por qualquer coisa, por isso os ‎Babalawos dizem que devem ter cautelas com as pessoas da Oxun, que é dona deste ‎Odu.‎

Responde pelo Odu Oxé:‎
Omolú, Oxun e Yemanjá,‎

OBS.: este Odu não possui ‎ partes negativas,‎ ‎ ‎ Os ebós relacionados ‎ abaixo são para ‎ agradar este Odu. Veremos em outras postagens.‎ Omos-Odus de Oxé:‎
‎1° - BEUIM‎
‎2° - NILÁ‎
‎3° - EPONDIA‎
‎4° - KUKUASSE‎
‎5° - XERE‎
‎6° - SONAN‎
‎7° - MISSIWA‎
‎9° - ONTE‎
‎10 - ODA‎
‎11° - KANAN‎
‎12° - YABOSSI‎
‎13° - OXIM‎
‎14° - YABATAN‎
‎15° - DIJIN‎
‎16° - AKANDI ‎ agradar este Odu.‎

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A SABEDORIA DE UM IMPERADOR.

A tempo da vida do homem é um instante,‎
Sua substancia, fluente: suas sensações ‎indistintas, O conjunto de todo o seu ‎corpo, uma fácil decomposição; Sua alma, ‎um turbilhão; seu destino, dificilmente ‎previsível; Seu renome, uma vaga opinião. ‎Para resumir,‎
Tudo que pertence a seu corpo é água ‎corrente;‎
Tudo o que vem da sua alma, sonho e ‎fumaça.‎
Sua vida é uma guerra, uma estada em ‎terra estranha;‎
Seu renome póstumo, um esquecimento
Quem nos pode guiar, então? Uma só e ‎única coisa a Filosofia.E nisso consiste a ‎Filosofia em velar para que o gênio que
Existe em nos viva sem ultrajes e sem ‎danos e fique acima dos prazeres e das ‎dores; Que nada faça por acaso, nem por ‎fingimento; e que ele não se preocupe ‎com que os outros façam ou deixem de ‎fazer. E, além disso, em aceitar o que lhe ‎acontece e o que lhe é destinado como ‎vindo da mesma fonte de que ele mesmo ‎procede. E, sobretudo, um esperar a morte ‎com um espírito sereno, sem ver nela ‎nada mais que a dissolução dos elementos ‎de que é composto cada ser vivo. Se ‎quanto a esse elemento não há nada de ‎assustador em que cada um se transforme ‎continuamente em um outro, porque ‎temeríamos a transformação e a ‎dissolução do seu conjunto? Essa é a lei ‎da natureza; e nada é mau quando ela se ‎origina. ‎
Muitos procuraram uns retiros nus campo ‎nas praias, nas montanhas. E tu meso ‎acostumas-te a desejar ardentemente ‎esses lugares de isolamento. Mas tudo ‎isso é vulgar porque podes,‎
Mo momento em que quiseres, retirar-te ‎em ti mesmo. Em nenhum lugar, com ‎efeito, o homem encontra mais tranqüilo e ‎calmo retiro que em sua alma, ou se ele ‎possui em seu foro intimo essas noções ‎sobre as quais basta que ele se incline.‎

Para que adquira uma quietude absoluta. ‎Concede-te assim, permanentemente, esse ‎retiro e renova-te. Mas que aí se ‎encontram essa máxima concisa e ‎fundamental, que quando as encontrares ‎te sentirás penetrado por seu espírito e ‎voltaras, isento de amargura, e tuas ‎ocupações. Contra quem, com efeito, ‎sente amargura? Contra a maldade dos ‎homens? Lembra-te do conceito de que os ‎seres racionem nasceram uns pra os ‎outros, que suportasse mutuamente é uma ‎parte da justiça, que os homens pecam ‎involuntariamente, que todos os que atem ‎agora se malquistaram suspeitaram uns ‎dos outros, se adiaram, se crivaram de ‎golpes de lança, jazem reduzidos a cinzas. ‎Em fim, acalma-te. (...) E, sobretudo, não ‎te atormentes, não te ponhas tenso; se ‎livre e olha as coisas com virilidade, ‎como homem, como cidadão, como ‎mortal. Conta dentro do numero das mais ‎chegadas máximas que te inspirarão, ‎essas duas; uma, que os acontecimentos ‎não deve afetar a alma, mas manter-si ‎fora de seu alcance, pois os ‎aborrecimentos nascem apenas do ‎julgamento do espírito. A outra que todas ‎as coisas que tu vês serão, quando ainda ‎não o foram, transformadas, e não ‎existirão mais. E quantas transformações ‎já te testemunham! Lembra-te ‎constantemente: o mundo é mudança; a ‎vida, substituição.‎




PEDRO FREIRE RIBEIRO.‎
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CANÇÃO DO HARPISTA‎.

Próspero será ele, o bom príncipe,‎
Mesmo quando a boa fortuna se for!‎
Gerações passam e outras permanecem,‎
Dês de o tempo dos antepassados.‎
Os deuses que viveram antigamente repousam em suas pirâmides,‎
E assim também os mortos beatificados.‎
Aqueles que construíram casas – elas já não existem –‎
Vê o que foi feito deles!‎
Eu ouvi as palavras de li-em-hotep e Hor-dedef,‎
De cujos discursos os homens tanto falam.‎
Como estão suas moradas agora?‎
Seus muros caíram e elas não mais existem –‎
Como se nunca tivesse existido!‎
Não há ninguém que tenham voltado do alem,‎
‎ Para dizer qual o seu estado,‎
Para contar-no suas necessidades,‎
Para tranqüilizar nossos corações,‎
Até quando viajamos para onde eles foram.‎
Deixa seus desejos florescerem,‎
Para que teu coração esqueça os ritos funerários que um dia terás.‎
Satisfaz teus desejos enquanto viveres.‎
Põe mirra sobre tua cabeça, veste teu corpo com fino linho,‎
E unta-te com o maravilhoso olho dos deuses. ‎
Aumenta tua riqueza e não deixe teu coração esmorecer.‎
Segue teus desejos e procura teu bem.‎
Realiza teus anseios sobre a terra, de acordo com seu coração,‎
Até que venha o dia das lamentações.‎
O coração exaurido não ouve os lamentos
E os prantos não salvam do alem o coração de um homem.‎

Alegra-te, não te angustieis!‎
Olha, não é permitido a um homem levar para o alem o que possui.‎
Olha, não há ninguém que parta e que possa retornar!‎

Pedro Freire Ribeiro.‎