Próspero será ele, o bom príncipe,
Mesmo quando a boa fortuna se for!
Gerações passam e outras permanecem,
Dês de o tempo dos antepassados.
Os deuses que viveram antigamente repousam em suas pirâmides,
E assim também os mortos beatificados.
Aqueles que construíram casas – elas já não existem –
Vê o que foi feito deles!
Eu ouvi as palavras de li-em-hotep e Hor-dedef,
De cujos discursos os homens tanto falam.
Como estão suas moradas agora?
Seus muros caíram e elas não mais existem –
Como se nunca tivesse existido!
Não há ninguém que tenham voltado do alem,
Para dizer qual o seu estado,
Para contar-no suas necessidades,
Para tranqüilizar nossos corações,
Até quando viajamos para onde eles foram.
Deixa seus desejos florescerem,
Para que teu coração esqueça os ritos funerários que um dia terás.
Satisfaz teus desejos enquanto viveres.
Põe mirra sobre tua cabeça, veste teu corpo com fino linho,
E unta-te com o maravilhoso olho dos deuses.
Aumenta tua riqueza e não deixe teu coração esmorecer.
Segue teus desejos e procura teu bem.
Realiza teus anseios sobre a terra, de acordo com seu coração,
Até que venha o dia das lamentações.
O coração exaurido não ouve os lamentos
E os prantos não salvam do alem o coração de um homem.
Alegra-te, não te angustieis!
Olha, não é permitido a um homem levar para o alem o que possui.
Olha, não há ninguém que parta e que possa retornar!
Pedro Freire Ribeiro.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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